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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Você Se Lembra, por Geraldo Azevedo


Geraldo Azevedo é um compositor, cantor e um baita de um violonista pernambucano, nascido em Petrolina, em 11 de janeiro de 1945, cresceu a beira do Rio São Francisco... um local carregado da boa cultura nordestina. Conviveu com a música desde os seus primeiros anos de vida: sua mãe, Dona Nenzinha, professora, cantava e promovia eventos culturais na escola que funcionava em sua própria casa; nestes eventos, aos quatro anos de idade, Geraldo já cantava e se apresentava. 

Sua carreira musical inicia-se ainda em Petrolina, quando é convidado para trabalhar com Reinaldo Belo em um programa de rock na difusora da cidade. Logo é criada a primeira rádio de Petrolina, Emissora Rural “A Voz do São Francisco”, onde Geraldo é convidado para apresentar o programa “Por Falar em Bossa Nova”; anos depois, é chamado para integrar o grupo Sambossa.

Geraldo e Naná
Cedo conhece Naná Vasconcelos, Teca Calazans e Paulo Guimarães, passando a integrar o grupo Construção. Toca nas noites de Recife, em universidades e espaços culturais. Foi na capital onde ganhou seu primeiro violão profissional, presente de um grupo de estudantes.

Em 1965, funda o grupo Raiz, baseado nas artes teatrais, literárias e musicais. Conhece um dos seus mais importantes parceiros, o compositor e produtor Carlos Fernando, e trabalha na produção musical das peças de Emilio Borba Filho, no Teatro Popular do Nordeste, onde faz melodias para os poemas dos espetáculos. Nos finais de semana, tratava de animar o Bar Aroeira, apresentando cirandeiros e bandas de pífano ao quadro cultural de Recife. Ainda com o grupo Raiz, é convidado para um programa quinzenal na TV Jornal do Comércio (Canal 2); Geraldo apresenta o quadro “Chegou a Vez”. Conhece Eliana Pittman, cantora e atriz que, na época, acompanhava o seu pai, o clarinetista Booker Pittman.

Geraldo e Eliana em 1962



Neste mesmo ano, é convidado por Eliana Pittman para acompanhá-la em seu primeiro show solo, já que o pai da cantora encontrava-se impossibilitado de continuar sua carreira. Geraldo resiste, mas com a insistência dos amigos, acaba aceitando e mudando para o Rio de Janeiro, onde acompanha e integra a banda do show “Eliana em tom maior”.




Quarteto Livre em 1969



Geraldo se forma com Naná Vasconcelos, Nelson Ângelo e Franklin, o Quarteto Livre, grupo que acompanha Geraldo Vandré em seus shows. e é quando começa a escrever “Canção de Despedida” em parceria com Vandré, ainda sem saber o que estaria por vir, pois logo Vandré é perseguido pelo regime militar e sai fugido do país. O grupo se dissolve. No exílio, ele termina de compor “Canção de Despedida”.





Geraldo começa a participar de reuniões clandestinas no Teatro Gláucio Gil, ao lado de cineastas, roteiristas, atores e músicos. Conhece Glauber Rocha, Walter Lima Junior, Caetano Veloso, entre outros. Geraldo fica responsável por recolher assinaturas para o manifesto contra a censura. Em 1969, é preso com a esposa durante a ditadura militar, sendo torturado por 41 dias. sua esposa, Vitória, fica 80 dias na prisão. Com a ditadura, a produção musical no pais pára e Geraldo volta a trabalhar como projetista na Montreal Engenharia.



Defensor incansável do meio ambiente, e por ser um ribeirinho do Rio São Francisco, e perceber o quanto que o rio agoniza, Geraldo lança em 2011 o CD e DVD “Salve São Francisco”, projeto idealizado pelo artista em prol da celebração e cuidado com o rio. Reúne grandes nomes da música brasileira para chamar atenção à preservação ambiental do rio: Alceu Valença, Dominguinhos, Ivete Sangalo, Djavan, Maria Bethânia, Roberto Mendes, Moraes Moreira, Fernanda Takai, Geraldo Amaral, Vavá Cunha e Márcia Porto (todos de estados por onde passa o Rio São Francisco). O DVD traz imagens do making-off das gravações e imagens do rio. O trabalho concorreu no 12° Latin Grammy na categoria regional.

Geraldo Azevedo e Alceu Valença (1972)
Discografia

Álbuns de estúdio:

Quadrafônico (1972) ― Copacabana ― LP/CD (com Alceu Valença)
Geraldo Azevedo (1977) Som Livre ― LP/CD
Bicho de 7 Cabeças (1979) Epic/CBS ― LP/CD
Inclinações Musicais (1981) Ariola ― LP/CD
For All Para Todos (1982) Ariola ― LP/CD
Tempo Tempero (1983) Barclay/Ariola ― LP/CD
De Outra Maneira (1986) Echo/RCA ― LP/CD
Eterno Presente (1988) RCA ― LP
Bossa Tropical (1989) RCA ― LP/CD
Berekekê (1991) Geração ― LP/CD
Futuramérica (1996) BMG ― LP/CD
Raízes e Frutos (1998) BMG ― CD
Hoje Amanhã (2000) BMG ― CD
O Brasil Existe em Mim (2007) Sony&BMG ― CD
Salve São Francisco (2011) Biscoito Fino/Geração/Bacana/Terra Brasilis ― CD e DVD
Assunção de Maria e Geraldo Azevedo (2011) Biscoito Fino/Geração/Nossa Música ― CD
É O Frevo, É Brasil (2019) ONErpm ― EP Digital
Álbuns ao vivo
Cantoria I (1984) Kuarup ― LP/CD
A Luz do Solo (1985) Barclay/Polygram ― LP/CD
Cantoria II (1988) Kuarup ― LP/CD
Ao Vivo Comigo (1994) Geração/BMG/Ariola ― LP/CD (Disco de Ouro)
O Grande Encontro (1996) BMG ― CD (Disco Platina Triplo) (com Alceu Valença, Elba Ramalho e Zé Ramalho)
O Grande Encontro 2 (1997) BMG ― CD (Disco de Ouro) (com Elba Ramalho e Zé Ramalho)
O Grande Encontro 3 (2000) BMG ― CD (com Elba Ramalho e Zé Ramalho)
Uma Geral do Azevedo (2009) Geração ― CDs vol. 1 e 2 e DVD

Outros projetos:

Ao lado de Zé Ramalho, em 1975, participa da trilha sonora do filme “Nordeste: Cordel, Repente e Canção”, de Tânia Quaresma.

Em 1975 um dos músicos participantes de “Paêbirú”, o disco de maior valor comercial do Brasil, de Lula Côrtes e Zé Ramalho. Lançado em 15 de junho de 1975.

Também participa dos primeiros álbuns dos amigos Alceu Valença, Zé Ramalho, Elba Ramalho e Amelinha.

Em 1974 é convidado para a direção musical do filme “A Noite do Espantalho”, de Sérgio Ricardo, primeiro filme dramático com base em uma estrutura musical. Geraldo acabou ganhando um papel e atuou como o personagem Severino; foi para este papel que deixou sua barba crescer e nunca mais tirou.

Geraldo Azevedo, Chico Buarque e Elba Ramalho - Projeto Kalunga
Geraldo participa, em 1980, do projeto Kalunga. Um grupo de 65 pessoas, liderado por Chico Buarque e Fernando Faro, parte do Rio de Janeiro à Angola, país em Guerra Civil, para realizar shows em três cidades: Luanda, Benguela e Lobito. Entre os artistas: Dorival Caymmi, Martinho da Vila, Djavan, Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Edu Lobo, Francis e Olivia Hime, João do Vale, João Nogueira, e muitos outros. Em 2015, Geraldo volta a participar do projeto Kalunga II, desta vez comandado pelos músicos Olivia e Francis Himme; 36 artistas viajaram à Angola, entre eles Yamandu Costa, Miúcha, Elba Ramalho, Martinho da Vila, Martnália, Nei Lopes e Mariene de Castro.

Em 2012, ao lado de Alceu Valença, Elba Ramalho, Sérgio Ricardo, Marina Lutfi, João Gurgel e Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, participa do cordel “Estória de João-Joana”, em formato de concerto, com texto de Carlos Drummond de Andrade e música de Sérgio Ricardo.

Conhecido por sucessos como ‘Dia Branco’, ‘Táxi Lunar’ e ‘Dona da Minha Cabeça’ e por importantes parcerias com Zé Ramalho, Alceu Valença e Elba Ramalho, Geraldo é um dos maiores artistas da música popular brasileira, de forte expressão e contribuição para a música nordestina, unindo ritmos como frevo, forró, xote, maracatu e baião em suas canções. Exímio violonista autodidata, aos cinco anos de idade ganhou o seu primeiro violão.

Parte do texto foi retirado do Wikipédia.
Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Zé Ramalho e Elba Ramalho - O Grande Encontro

Música: Você Se Lembra.
Artista: Geraldo Azevedo.
Álbum: Futuramérica.

Letra da música: 

Entre as estrelas do meu drama
Você já foi meu anjo azul
Chegamos num final feliz
Na tela prateada da ilusão

Na realidade onde está você
Em que cidade você mora
Em que paisagem em que país
Me diz em que lugar, cadê você

Torrentes de paixão
Ouvir nossa canção
Sonhar em Casablanca
E se perder no labirinto
De outra história

A caravana do deserto
Atravessou meu coração
E eu fui chorando por você
Até os sete mares do sertão

Licenciado para o YouTube por:
ONErpm (em nome de GERAÇÃO), UNIAO BRASILEIRA DE EDITORAS DE MUSICA - UBEM, LatinAutor - Warner Chappell, Warner Chappell e 6 associações de direitos musicais.

Falar de Geraldo é o mesmo que escrever mil enciclopédias, de tanto que esse grande artista já nos ofereceu. Parte dessa apresentação foi retirada do Wikipédia, lá existe um material completo sobre a trajetória do artista.  



A poesia quando boa, tem música nas palavras, e ai, é só dançar, com métrica ou não!
Abraços, sempre!!!...
Mu®illo diM@tto

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