Metal Contra as Nuvens, composta por Renato Russo, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos é com toda a certeza uma das músicas mais bonitas da Legião Urbana, e também a mais extensa, sua duração máxima de 11'30", mostra o quanto a Legião também tinha de progressivo. O seu início calmo, em meio a muita guitarra e bateria, se transforma no decorrer da música, pois há outras duas variações em seu andamento, mas que ao final, volta a ter a melodia de antes. É o roque brincando de música medieval.... e boa música, por sinal.
Uma curiosidade é que a música foi composta devido a desilusão que os integrantes da banda tiveram com o governo do Collor de Mello. Nessa época os direitos autorais ficavam muito tempo retidos para a liberação, e nesse período a banda ainda não fazia tantas apresentações, impedindo que alguns planos não pudessem ser realizados, por problemas financeiros.
Seu lançamento é de 1991, no excelente álbum V. Essa música foi gravada muitas vezes pela própria Legião: Acústico MTV (1992), e também no espetáculo de nome: É que Se Diz Eu Te Amo (1994).
Ela tem também uma característica muito interessante: diferentemente dos padrões de música, Metal Contra as Nuvens têm uma variação melódica muito grande, por isso, infelizmente as rádios não tocavam a música, que como dito, possuía mais de onze minutos, superando assim, algo em torno de dois minutos da música Faroeste Caboclo. O que não dá para entender, pois essa última era tocada nas rádios.
Metal contra as nuvens, por Legião Urbana
Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo
Olha o sopro do dragão
É a verdade o que assombra
O descaso que condena
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes
O corpo quer, a alma entende
Esta é a terra de ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então
Tudo passa, tudo passará
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamos
Para mais informações sobre essa excelente obra da legião:
http://olivrodosdias-interpretacao.blogspot.com/2012/06/interpretacao-metal-contra-as-nuvens_06.html
A poesia quando boa, tem música nas palavras, e ai, é só dançar, com métrica ou não!
Abraços, sempre!!!...
Mu®illo diM@tto♪
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