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domingo, 25 de setembro de 2011

1991, o ano que não percebi.., muito bem.


capa do memorável álbum
O ano era 1991, e tudo me parecia uma mesmice só! Apesar de muitas mudanças em minha vida, tipo: ter assistido ao filme do The Doors; conseguido novo trabalho que me parecia o emprego dos sonhos (mais não era!); a possibilidade de uma nova aventura amorosa (e foi e se foi, ufa!!!); como também a formação de uma nova (e duradoura) parceria artística e com isso a firmação de uma nova e eterna amizade, com um gosto pactual de irmandade de onde obtive alegrias e muitas músicas e com certeza (já que é eterna), obterei..., aliás, perdão Anna Nascimento! Obteremos muitas outras músicas. Viva o blues e o rock rasgado que brota de suas veias!!! Então, tá..., em 1991 muitos dos meus parâmetros musicais pareciam estar estacionando, e os anos 80 ainda resistiam na memória, pois saíram de cena de uma forma que nem havia percebido, e com isso alguns amigos se debandaram pela vida a procura do futuro deles. É, Júlio César Baissar, quem foi que mandou eu dar uma de poeta e escrever em tom profético: “... não nego a graça de ver nossos passos rumando tão diferentes...”, letra essa tão bem musicada por você! E assim foi: o U2 já não me parecia mais tão irlandês, apesar de ter gostado do disco Achtung Baby; Simples Minds havia sumido, tanto da Escócia, quanto daqui e pelo jeito do resto do mundo também; The Cult se embrenhou em algum culto oculto e desapareceu do seu próprio púlpito se embrenhando na música eletrônica caindo em pecado eterno; Chico Buarque (para não falar somente do que vinha de fora), se salva apenas por ter lançado o livro Estorvo, pois ficaria de 1990 a 1993 sem lançar nada de novo, musicalmente falando; Riley Bem King, o bluesman dos bons, conhecido como B.B King lança "There is Always One More Time", e isso me agrada ao menos um pouquinho; O Faith No More dá as caras no Rock In Rio II e eu estava por lá, mas o acontecido foi num Maracanã não muito preparado para o festival que eu me senti um tanto desconfortável no evento (é..., eu sou chato, e daí?); Morre Fred Mercury, vocalista (dos bons!) do Queen, e com isso o conjunto perde a majestade, e isso me deixa mais do que triste; Surge na Rádio Cultura de FM de Brasília (100,9 MHz), o programa Cult 22, de onde se ouve de tudo o que o rock em seus diversos estilos pode produzir, só que eu moro no Rio e não conseguia ouvir nada, somente o que as noticias da época falavam a respeito, aumentando assim mais ainda a minha curiosidade. Creio que este programa está ativo até hoje, e ainda não o ouvi; O Pink Floyd que havia entrado num jogo de sai um entra outro já algum tempo atrás, fica sem gravar por um período imenso. Então, um dia de 1991, não sei precisar qual, escuto e vejo entre outras coisas que já haviam me alegrado um pouco, o disco de nome “Ten” da sempre grande banda, Pearl Jam (que nesse mesmo ano faria uma turnê com o Alice in Chains), como também a novidade vinda da Irlanda, o filme The Commitments, de Alan Parker de onde surgiu a banda de mesmo nome e a família The Corrs, um misto de folk, pop rock com elementos celtas, e com direito a solos de violinos porretas de bons (veja postagem do dia 04/09/2011, sobre o filme e essa banda). Bem, voltando ao assunto e deixando desse papo de cerca Lourenço, o que ouvi e me surpreendeu em cheio pela capacidade simplista e de sonoridade diferente e gritante (no bom sentido!), mas que me remetia ao que havia de mais grunge, era uma tal banda de nome Nirvana com um álbum chamado “Nevermind”, e isso sim, e que me desculpe os outros, me deixou um tanto eufórico como se todo o vinho do mundo corresse por minhas veias já não mais acostumadas ao álcool dos anos 80. Exageros a parte, esse “Nevermind”, fez com que eu me rebuscasse musicalmente, me empurrando de volta ao meu lado grunge e trazendo de volta o meu gosto por camisas xadrez (essas mesmas que estão em moda hoje), assim como uma vontade doida de voltar a ser cabeludo (o que não deu, infelizmente!). É..., irmão (ã), a música (com seus artistas envolvidos) nos faz coisas assim... “Nevermind” é hoje um disco já com 20 anos de idade, e se apresenta como um dos ícones mais representativos em toda a história do já amadurecido rock in roll, internacionalmente falando, lado a lado com álbuns como:

“Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band (The Beatles - 1967);
O álbum de nome Led Zeppelin de 1969, da banda de mesmo nome, é claro;
Darkside Of The Moon (Pink Floyd – 1973);
Nevermind The Bollocks (Sex Pistols – 1977);
The Number Of The Beast (Iron Maiden -1982);
The Joshua Tree (U2 – 1987)
Morning Glory (Oasis – 1995);
Ok! Computador (RadioHead – 1996);
Is This It (The Strokes - 2001).

 

O engraçado de tudo é que hoje vejo que eu é que andava de maré baixa naquele tempo, e talvez não tenha percebido o quanto 1991 foi um ano bem rico, em termos de álbuns lançados, pois nele além dos já referidos discos do U2 (Achtung Baby), Pearl Jam (Ten) e do Nirvana (Nevermind), temos:

 

O álbum negro da sempre ótima banda Metallica, disco esse de nome “Metallica” mesmo;

“Innuendo” do Queen (infelizmente o último disco com o Mercury);

“Out Of Time” do R.E.M (que infelizmente anunciaram o término da banda essa semana);

O álbum do projeto Temple of The Dog, onde reuniu músicos de algumas bandas do grunge, como Chris Cornell (Soundgarden), Eddie Vedder (Pearl Jam) e os músicos da banda Mother Love, após a morte do seu vocalista, Andrew Wood;

“No More Tears” de Ozzy Osbourne, em minha opinião o melhor disco do ex-vocalista do Black Sabath;

“Use Your Illusion I e II”, da sempre eterna banda, Guns n’ Roses, do polemico, mas conspícuo vocalista, Axl Rose e do exímio guitarrista, Slash;

“Stranger in this Town”, do sempre brilhante guitarrista e excelente cantor Richie Sambora (do Bom Jovi), apelidado no meio musical como Mrs. Bluesman, pelo seu gosto apurado para o gênero blues;

“Blood Sugar Sex Magik”, da banda Red, Hot, Chilli & Peepers. Banda esta que está de volta ao Brasil para se apresentar no Rock In Rio. Da banda, destaco o sempre eficiente baixista, Michael “Flea” Balzary.

 

Uma curiosidade sobre o álbum “Nevermind”: A época do lançamento do disco, a renomada  revista  de música, Rolling Stone, publicou uma crítica de um certo alguém cujo nome não interessa aos anais da história, que ele, o álbum, viria ser um fiasco, o que hoje sabemos que não foi bem assim, já que a bolacha (na época um vinil) vendeu mais de 26 milhões de cópias pelo mundo. É claro que depois de passados alguns anos  a revista publicou o pedido de perdão pela descrença e mancada do tal crítico.

 

O chato, é sempre tem um lado chato, infelizmente, que apesar de toda a genialidade da banda, o seu líder, o cantor, compositor e guitarrista Kurt Cobain, veio a cometer suicídio no dia 05 de abril de 1994. Existem vertentes que não aceitam o seu suicídio..., mas como aqui é uma justa homenagem a passagem de 20 anos desse álbum que realmente é um divisor de águas para o rock in roll, senão para a música num todo, eu paro por aqui com esse assunto, dizendo: que é claro que muitos outros músicos com seus respectivos álbuns, fez a cabeça da galera, e com certeza também influenciaram vidas (e espero que essas influências tenham sido de forma saudável), assim como a forma de ver, ouvir e sentir suas próprias musicalidades, mas estes aqui em questão vão muito mais do que uma simples opinião minha, pois que estes são cotados nas mais altas rodas dos sábios roqueiros de plantão, é só freqüentá-las que verá o quanto.

 

Links de sustentação:

 

A História do Grunge

 

A História do Nirvana

 

A História de Kurt Cobain

 

Abraços, sempre!...

 

Mu®illo diM@ttos

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