capa do memorável álbum |
O ano era 1991, e tudo me parecia uma mesmice só! Apesar de muitas mudanças em minha vida, tipo: ter assistido ao filme do The Doors; conseguido novo trabalho que me parecia o emprego dos sonhos (mais não era!); a possibilidade de uma nova aventura amorosa (e foi e se foi, ufa!!!); como também a formação de uma nova (e duradoura) parceria artística e com isso a firmação de uma nova e eterna amizade, com um gosto pactual de irmandade de onde obtive alegrias e muitas músicas e com certeza (já que é eterna), obterei..., aliás, perdão Anna Nascimento! Obteremos muitas outras músicas. Viva o blues e o rock rasgado que brota de suas veias!!! Então, tá..., em 1991 muitos dos meus parâmetros musicais pareciam estar estacionando, e os anos 80 ainda resistiam na memória, pois saíram de cena de uma forma que nem havia percebido, e com isso alguns amigos se debandaram pela vida a procura do futuro deles. É, Júlio César Baissar, quem foi que mandou eu dar uma de poeta e escrever em tom profético: “... não nego a graça de ver nossos passos rumando tão diferentes...”, letra essa tão bem musicada por você! E assim foi: o U2 já não me parecia mais tão irlandês, apesar de ter gostado do disco Achtung Baby; Simples Minds havia sumido, tanto da Escócia, quanto daqui e pelo jeito do resto do mundo também; The Cult se embrenhou em algum culto oculto e desapareceu do seu próprio púlpito se embrenhando na música eletrônica caindo em pecado eterno; Chico Buarque (para não falar somente do que vinha de fora), se salva apenas por ter lançado o livro Estorvo, pois ficaria de 1990 a 1993 sem lançar nada de novo, musicalmente falando; Riley Bem King, o bluesman dos bons, conhecido como B.B King lança "There is Always One More Time", e isso me agrada ao menos um pouquinho; O Faith No More dá as caras no Rock In Rio II e eu estava por lá, mas o acontecido foi num Maracanã não muito preparado para o festival que eu me senti um tanto desconfortável no evento (é..., eu sou chato, e daí?); Morre Fred Mercury, vocalista (dos bons!) do Queen, e com isso o conjunto perde a majestade, e isso me deixa mais do que triste; Surge na Rádio Cultura de FM de Brasília (100,9 MHz), o programa Cult 22, de onde se ouve de tudo o que o rock em seus diversos estilos pode produzir, só que eu moro no Rio e não conseguia ouvir nada, somente o que as noticias da época falavam a respeito, aumentando assim mais ainda a minha curiosidade. Creio que este programa está ativo até hoje, e ainda não o ouvi; O Pink Floyd que havia entrado num jogo de sai um entra outro já algum tempo atrás, fica sem gravar por um período imenso. Então, um dia de 1991, não sei precisar qual, escuto e vejo entre outras coisas que já haviam me alegrado um pouco, o disco de nome “Ten” da sempre grande banda, Pearl Jam (que nesse mesmo ano faria uma turnê com o Alice in Chains), como também a novidade vinda da Irlanda, o filme The Commitments, de Alan Parker de onde surgiu a banda de mesmo nome e a família The Corrs, um misto de folk, pop rock com elementos celtas, e com direito a solos de violinos porretas de bons (veja postagem do dia 04/09/2011, sobre o filme e essa banda). Bem, voltando ao assunto e deixando desse papo de cerca Lourenço, o que ouvi e me surpreendeu em cheio pela capacidade simplista e de sonoridade diferente e gritante (no bom sentido!), mas que me remetia ao que havia de mais grunge, era uma tal banda de nome Nirvana com um álbum chamado “Nevermind”, e isso sim, e que me desculpe os outros, me deixou um tanto eufórico como se todo o vinho do mundo corresse por minhas veias já não mais acostumadas ao álcool dos anos 80. Exageros a parte, esse “Nevermind”, fez com que eu me rebuscasse musicalmente, me empurrando de volta ao meu lado grunge e trazendo de volta o meu gosto por camisas xadrez (essas mesmas que estão em moda hoje), assim como uma vontade doida de voltar a ser cabeludo (o que não deu, infelizmente!). É..., irmão (ã), a música (com seus artistas envolvidos) nos faz coisas assim... “Nevermind” é hoje um disco já com 20 anos de idade, e se apresenta como um dos ícones mais representativos em toda a história do já amadurecido rock in roll, internacionalmente falando, lado a lado com álbuns como:
“Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band (The Beatles - 1967);
O álbum de nome Led Zeppelin de 1969, da banda de mesmo nome, é claro;
Darkside Of The Moon (Pink Floyd – 1973);
Nevermind The Bollocks (Sex Pistols – 1977);
The Number Of The Beast (Iron Maiden -1982);
The Joshua Tree (U2 – 1987)
Morning Glory (Oasis – 1995);
Ok! Computador (RadioHead – 1996);
Is This It (The Strokes - 2001).
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